Corrupção - O jeitinho Brasileiro
corrupção, esta, só é possível pela irracionalidade e desejos individualistas dos homens, pois, a vida vendida sob a forma de propagandas idealistas em prol do capital, sobre tudo do lucro das grandes empresas, potencializa as ações irracionais afim de fissurar as relações sociais, ou artificializa-las. A sede do “eu” leva as pessoas a cometerem atos inescrupulosos na busca pelos objetivos introjetados referentes a “vida ideal”, no Brasil chamamos isso de “jeitinho brasileiro”, um dos culpados, o mercado; age incutindo em cada ser vontades e pré-disposição ao consumo de bens mesmo que não necessite, o acesso aos bens se dá em função da quantidade de capital que a pessoa tem disponível, logo, para se ter mais capital é necessário agir de má fé e lucrar sobre as perdas de outros, transgredir os acordos sociais previamente aceitos e embebedar-se do cálice da usura (agir de modo irracional). Muito além disso, percebemos que há uma progressão avassaladora nas tendências individualistas, é cada vez mais rarefeito o ato de pensar no próximo ou de pensar no coletivo, devemos afastar do “eu” e aproximar-nos do “nós” e idealizar sobre onde essa utopia nos levaria.
De certa forma, pode-se dizer que o homem é um ser racional, pois constrói a cultura e é construído por ela, desenvolve métodos para compreender e explorar o meio ambiente e seus fenômenos espantosos, mas, quando cria algo que o cerceia e provoca ações negligentes (como a criação de sistemas econômicos nefastos) ele age de maneira irracional, pois muitas vezes é incapaz de admitir o erro e voltar atrás, isso evidencia a irracionalidade por trás dos atos humanos e também da racionalidade incompleta, uma vez que o ato de reflexão e tomada de decisões certas sobre suas ações ainda não consolidaram-se por completo.
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